O primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, apresentou, na quarta-feira, dia 4, desculpas oficiais do seu governo pela colaboração do pequeno reino escandinavo com o ocupante nazi durante a Segunda Guerra Mundial.
Estas desculpas dirigem-se aos às pessoas «deixadas a uma sorte incerta na Alemanha de Hitler com a cooperação activa das autoridades dinamarquesas», declarou Rasmussen, durante uma cerimónia no Monumento da Guerra, em Copenhaga, na véspera do 60.º aniversário da libertação da Dinamarca pelos aliados.
«A recordação do lado sombrio do período de ocupação faz também parte da comemoração deste aniversário e é por isso que eu quero exprimir, em nome do governo e do Estado dinamarquês, o meu pesar e as minhas desculpas por estes actos».
«As desculpas não podem mudar a História. Mas elas podem contribuir para reconhecer os erros cometidos no passado e é preciso esperar que eles possam ajudar as próximas gerações a evitar tais erros no futuro», disse o primeiro-ministro.
Ocupada quase sem resistência a 9 de Maio de 1940, a Dinamarca conduziu uma política de colaboração com os nazis, preservando a sua independência política até 29 de Agosto de 1943.